Blog de Aureus

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18 de janeiro de 2009

TGV - Fazemos? Ou temos que fazer?

As opiniões de Manuela Ferreira Leite sobre o TGV têm vindo a revelar 
bastante ligeireza a tratar de um assunto muito relevante para Portugal. Vamos por partes. A construção do TGV foi sancionada, em 2003, por um acordo entre Portugal e Espanha, assinado na Figueira da Foz, pelo então 
primeiro-ministro, Durão Barroso e pela ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite. Só isto já devia levar a algum recuo à líder do PSD, e impedi-la de dizer hoje, mesmo sob o argumento da crise, que uma vez chegada ao Governo se "risca por completo" o projecto. Por outro lado, um governo de um país da União Europeia não pode, ou não deve, denunciar unilateralmente acordos com outros Estados membros. 

A construção do TGV tem apoios comunitários atribuídos a esta obra em concreto. É demagogia defender a reorientação do investimento quando as normas da UE não permitem a transferência das verbas. E, no fim da linha de argumentação, podemos questionar-nos se Portugal pode ficar de fora do projecto de Alta Velocidade Europeu.

Lido este comentário (no DN), parece evidente que falta alguma seriedade na política. Tudo serve eleitoralmente, e cada vez mais as pessoas vão ficando cansadas. E só não exprimem mais o desgosto porque não há alternativas, parece que temos que escolher entre o mau e o pior.

Ainda mais problemático é que não me parece um problema da Dona Manuela, nem do seu partido: O problema é de muita mais gente, em todos os partidos políticos (poderá haver excepções, mas não me parece): Sempre que der jeito, diz-se qualquer barbaridade, na boa. Sempre haverá alguém que acredite, e, entretanto, como com os outros que se apercebam, também não, nunca, acontece nada de especial, por tanto...

Mas, reparem bem, porque acontece muita vez este tipo de situação absurda: O assunto em causa é um tratado assinado pela própria com outro estado da UE e que utiliza apoios comunitários na sua execução. E ela fala de para-lo. Poderia fazê-lo (se fosse a Primeira), mas supunha que a senhora não tinha palavra, que tratava a outro de membro da UE com se fosse um tótó qualquer, e que seria sancionada pela UE pela alteração ou pelo menos não receberia essas verbas para Portugal (o que sem dúvida algum outro estado agradeceria, isso devo reconhecer).

Assumo que a senhora não é parva, acho evidente. Portanto: Não tem mesmo vergonha?

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