Blog de Aureus

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27 de janeiro de 2009

Crise? Qual qué?

Vejam lá, se não tem razão o Arnaldo.

Não que não haja crise, há. É óbvio. A coisa está negra para muito boa gente, aumenta o desemprego e os preços, mantém-se ou diminui o ordenado (excepto para alguns, como sempre).

Temos de facto problemas financeiros graves, relativamente agravados pela má gestão dos banqueiros. Mas esta não deve ser a parte essencial (a má gestão), uma vez que vivemos com ela há muitos anos e conseguíamos ir passando. Só se destapou o tacho das moscas (aquelas que mudam e a m. continua a mesma) precisamente por causa da dita crise, causada por gatunos de maiores dimensões e muito menor experiência do que os nossos. Deveriam fazer uns cursos em Portugal.

De todas as maneiras, o ponto de vista do Senhor Arnaldo também é saudável. Por um lado, houvesse muita gente com essa filosofia e a crise, mesmo existindo, seria menor ou passaria muito mais rápido. Por outro, a televisão vende a sua mãe por audiência, todos os canais o fazem. Não têm vergonha nenhuma e dizem e publicitam qualquer boato de qualquer tema sem credibilidade nenhuma desde que de audiência. E a crise não é excepção, obviamente.

Recomendo ao pessoal que tenha precaução, a crise existe, mas que se lembre um pouco deste senhor Arnaldo, porque acredito que seguindo o seu conselho não digo que nos façamos ricos, mas pelo menos ficaremos menos pobres.

23 de janeiro de 2009

Comissão Nacional de (Des)Protecção de Dados


Aparecia no Publico qualquer coisa como:
Ficheiros com documentos originais do processo Casa Pia ... eram partilhados, sem segurança, por todos os funcionários da CNPD ...
...dos 18 ficheiros constam relatórios da polícia judiciária sobre os depoimentos feitos em 1982 por alunos desaparecidos da Casa Pia e que acabariam por ser encontrados na casa de Jorge Ritto em Cascais. Os depoimentos envolviam o ex-embaixador e Carlos Cruz. Constava também dos ficheiros o depoimento feito em 2003 pelo socialista Ferro Rodrigues, mas este, entretanto, desapareceu. Um informático confirmou que o ficheiro existiu e que constava da base de dados da CNPD.
O conteúdo destes ficheiros foi detectado nos dias 10 e 11 deste mês por um dos funcionários da CNPD, que no dia 12 de Janeiro reportou o caso ao presidente Luís Silveira, pai do secretário de Estado da Justiça Tiago Silveira, exigindo que o caso fosse participado à Procuradoria Geral da República. No dia 13 o ficheiro com o depoimento de Ferro Rodrigues já tinha desaparecido. Mas toda a informação constava dos ficheiros da CNPD desde 2004...
Ao “Correio da Manhã” e ao “Diário de Notícias” a Procuradoria afirmou que não recebeu ainda uma queixa formal e que ainda não foi aberto um inquérito.
Assim, temos uma comissão nacional de protecção de dados, que não protege os nossos dados, que não protege os seus próprios dados, e que parece que se deve desconfiar ainda mais deles do que de aqueles a quem eles deviam vigiar... Estamos feitos!
Se complicado é que existam dados de um processo judicial na CNPD, ainda mais o é que circulem sem segurança (e nesta instituição!), e ainda mais o é que o presidente não vá rápido e depressa à procuradoria, quando ainda por cima já tal lhe tinha sido solicitado. O facto de entretanto terem desaparecido alguns dos documentos não parece complicado, parece crime. Mas, apostem comigo, não lhe vai acontecer nada a ninguém, nem nada vai ser investigado, nem este caso é falado sequer de aqui a pouco. Apostam?

20 de janeiro de 2009

Regionalização. Sim ou não?


A regionalização foi em tempos muito discutida. Eu tinha a mina opinião, e mantenho-a. No entanto, "perdi", uma vez que na altura, dando um claro exemplo do que um bom político português pode fazer, até quem propôs a ideia solicitou que se votasse contra (?!?).

Parece que novamente volta a estar a questão encima da mesa política. Vamos ver se é desta vez que vai à frente.

Segundo o economista José Reis, citado pela Lusa, e por sua vez pelo IOL diário, «Hoje em dia, o Estado não tem uma racionalidade territorial. Não temos na administração pública valorizado as instâncias que levem a que, do ponto de vista territorial, as decisões sejam mais eficazes», e ainda «Cada ministro pensa o território à sua maneira. As sociedades modernas precisam de ter o Estado bem organizado para responder aos problemas concretos. Um Estado organizado com lógica territorial é um Estado menos burocrático, menos centralista e menos ineficiente»

Fala depois, não vou copiar o artigo todo, dos inimigos da ideia, de solidariedade entre regiões, de coesão territorial (o "monstro"), e, para resumir, do custo administrativo e financeiro.

Concordo com a generalidade do artigo, como já tinha indiciado antes. E passo a explicar as minhas razões:

Acho que haveria que criar mais "tachos". Cada novo "tacho" poderia ficar com, digamos, uma percentagem do dinheiro destinado à sua região. Lutaria por tanto para obter mais dinheiro para a sua região, obviamente para aumentar o valor da sua percentagem. E mais dinheiro ficaria na sua região, para o desenvolvimento real. E o resultado final seria positivo para todas e cada uma das regiões.

Pode resultar confuso, vou pôr um exemplo: O novo senhor de Beja recebe, digamos, 1000 do estado para a sua região. Ele e os seus amigos ficam desde logo com 100. Beja fica com 900. Se o senhor de Beja conseguir obter do estado 1200, ele e os seus amigos já podem ficar com 120. E Beja passaria a ficar com 1080. Todos ganham. Sem esquecer que, neste imaginário, o que actualmente é gasto pelo estado centralista em Beja corresponderia, aproximadamente, a 300 (e já com sorte).

Ainda, o senhor de Beja do exemplo, fica também com uma percentagem da própria produção de Beja, pelo que passa a estar muito interessado (de forma egoísta, claro, mas funciona) no crescimento da economia de Beja. Não na de Lisboa, nem especificamente na de Portugal, mas na de Beja.

E esta é a base da regionalização. Ainda há que acrescentar qualquer coisa de concorrência entre regiões, haveria que estabelecer uma taxa de solidariedade entre elas, etc. 

Mas imaginem este esquema absolutamente simplificado: O 50% da produção total de cada uma das regiões vai para o estado. O resto fica, logo quem produz mais tem mais. O  estado precisa de financiamento, e retira digamos 20% para o seu funcionamento. O resto, o 30% sobrante é redistribuído entre todas as regiões novamente, mas desta vez dependendo da sua renda per cápita. Não era bonito?

Faltam aqui "pequenos pormenores" como transferências de poderes (saúde, educação, etc.), que deverão ser os que mais problemas tragam, porque mexem com muitos mais "tachos" do que o "governo regional" em si, não por outro motivo.

Mas, mesmo assim, acho que podemos, e devemos, fazê-lo, para bem dos nossos filhos.

19 de janeiro de 2009

País do faz de conta

Este país do faz-de-conta é cada vez mais uma anedota pegada. Ora atentem lá nisto:
EXEMPLO 1
No Diário da República nº 255 de 6 de  Novembro 2008, no aviso nº 11 466/2008 (2ª Série), declara-se aberto concurso no I.P.J. para um cargo de "ASSESSOR", cujo vencimento anda à ronda de 3500  EUR (700 contos). Na alínea 7:...
" Método de selecção a utilizar é o concurso de prova pública que  consiste na ... Apreciação e discussão do currículo profissional do candidato."
EXEMPLO 2
No Aviso simples da pág. 26922, a Câmara Municipal de Lisboa lança concurso externo de ingresso para COVEIRO, cujo vencimento anda à roda de 
450 EUR (90 contos) mensais. "...
Método de selecção:
Prova de conhecimentos globais de natureza teórica e escrita com a duração de 90 minutos. A prova consiste no seguinte:
1. - Direitos e Deveres da Função Pública e Deontologia Profissional;
2. - Regime de Férias, Faltas e Licenças;

3. - Estatuto Disciplinar dos Funcionários Públicos.
Depois vem a prova de conhecimentos técnicos: Inumações, cremações, exumações, trasladações, ossários, jazigos, columbários ou cendrários.
Por fim, o homem tem que perceber de transporte e remoção de restos mortais.
Os cemitérios fornecem documentação para estudo. Para rematar, se o candidato tiver:
- A escolaridade obrigatória somará + 16 valores;
- O 11º ano de escolaridade somará + 18 valores;
- O 12º ano de escolaridade somará + 20 valores.
No final haverá um exame médico para aferimento das capacidades físicas e psíquicas do candidato.
Não sei se vale a pena comentar o assunto, ou simplesmente é autoexplicativo. Assim vamos. Já agora, alguém conhece um sinónimo para "apreciação e discussão do currículo profissional"?

18 de janeiro de 2009

TGV - Fazemos? Ou temos que fazer?

As opiniões de Manuela Ferreira Leite sobre o TGV têm vindo a revelar 
bastante ligeireza a tratar de um assunto muito relevante para Portugal. Vamos por partes. A construção do TGV foi sancionada, em 2003, por um acordo entre Portugal e Espanha, assinado na Figueira da Foz, pelo então 
primeiro-ministro, Durão Barroso e pela ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite. Só isto já devia levar a algum recuo à líder do PSD, e impedi-la de dizer hoje, mesmo sob o argumento da crise, que uma vez chegada ao Governo se "risca por completo" o projecto. Por outro lado, um governo de um país da União Europeia não pode, ou não deve, denunciar unilateralmente acordos com outros Estados membros. 

A construção do TGV tem apoios comunitários atribuídos a esta obra em concreto. É demagogia defender a reorientação do investimento quando as normas da UE não permitem a transferência das verbas. E, no fim da linha de argumentação, podemos questionar-nos se Portugal pode ficar de fora do projecto de Alta Velocidade Europeu.

Lido este comentário (no DN), parece evidente que falta alguma seriedade na política. Tudo serve eleitoralmente, e cada vez mais as pessoas vão ficando cansadas. E só não exprimem mais o desgosto porque não há alternativas, parece que temos que escolher entre o mau e o pior.

Ainda mais problemático é que não me parece um problema da Dona Manuela, nem do seu partido: O problema é de muita mais gente, em todos os partidos políticos (poderá haver excepções, mas não me parece): Sempre que der jeito, diz-se qualquer barbaridade, na boa. Sempre haverá alguém que acredite, e, entretanto, como com os outros que se apercebam, também não, nunca, acontece nada de especial, por tanto...

Mas, reparem bem, porque acontece muita vez este tipo de situação absurda: O assunto em causa é um tratado assinado pela própria com outro estado da UE e que utiliza apoios comunitários na sua execução. E ela fala de para-lo. Poderia fazê-lo (se fosse a Primeira), mas supunha que a senhora não tinha palavra, que tratava a outro de membro da UE com se fosse um tótó qualquer, e que seria sancionada pela UE pela alteração ou pelo menos não receberia essas verbas para Portugal (o que sem dúvida algum outro estado agradeceria, isso devo reconhecer).

Assumo que a senhora não é parva, acho evidente. Portanto: Não tem mesmo vergonha?

15 de janeiro de 2009

A China em crescimento


A china passou a ser a terceira potência económica mundial, à frente da Alemanha. Dizem que em mais 3 ou 4 anos poderá ultrapassar também o Japão. Isto é bom para nós (ocidente)? e para os chineses? e para o mundo? 

Eu acho que para os chineses sim, para nós não, para o mundo vamos ver.

Motivos: Uma boa parte do crescimento da China baseia-se na fabricação de todo tipo de aparelhos, instrumentos, brinquedos, etc, para venda no ocidente. O nosso nível de vida depende bastante da fabricação barata na China. Se eles deixam de fabricar tão barato (porque cresceram e aumentou o seu nível de vida), ou utilizam uma maior parte da sua produção no mercado interno (porque como cresceram, há mais chineses com mais dinheiro disponível), todos estes artigos devem encarecer rapidamente.

Ao mesmo tempo, se encarecem, o ocidente poderá comprar menos (se houver alternativa, o que é duvidoso) e isso poderia travar o crescimento chinês... a não ser que de facto o seu mercado interno tenha já crescido o suficiente. Se for este o caso, ainda poderão inverter-se as posições tradicionais dos mercados ocidental e chinês.

Suponho que não virá a acontecer esta situação, porque de alguma maneira o mundo ocidental deverá trava-la, já seja como habitualmente o faz (potenciar algum grupo extremista, algum golpe de estado, fazer pressão económica, subornar dirigentes ou alguma outra das brincadeiras clássicas dos ocidentais para com os outros), ou de alguma outra maneira mais inteligente, por uma vez. Mas, se não conseguir, ainda vamos a ter problemas. E, nesse caso, não será em 40 anos. É capaz de ser em 10, tal vez...

14 de janeiro de 2009

O Cardeal e os Mouros

Há coisas que não se esquecem. Ainda existem agravios pela "invassão dos mouros". Parece que Algarve poderia para alguns ser AllGarve, mas não al-Gharb al-Ândalus. Vergonha do passado?

Então temos o Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa a dizer às meninas portuguesas que «Pensem duas vezes em casar com um muçulmano, pensem muito seriamente, é meter-se num monte de sarilhos que nem Ala sabe onde acabam». Provávelmente as meninas portuguesas que são portuguesas e muçulmanas devem ter ficado no mínimo chocadas. Mas, como é obvio, para este senhor essas meninas, ao serem poucas, não contam (parece que a qualidade das pessoas tem a ver com o seu número, bonita noção para um patriarca religioso). Não que não seja verdade que há livros que estabelecem imperativamente a inferioridade e obediência da mulher para com o homem: veja-se o alcorão, a biblia... (será mais um esquecimento deste senhor?), mas depois a práctica de vida pode ser bem diferente, como acontece em muitos países (alguns deles, com maioria musulmana, mas este senhor parece que só vê "mouros").

De resto, a integração dos "mouros" (poderia ser a metade do sangue do país, mas este senhor deve ter esquecido este pormenor) está a ser difícil: «Estão a ser dados os primeiros passos, mas é muito difícil porque a verdade deles é única. Eles querem o diálogo, estão num país maioritariamente católico, porque como fazem os lobos é uma maneira de marcar os seus passos» Ou seja, não são mais do que lobos a tentar enganar a malta para depois devora-la como se fossemos capuchinhos vermelhos.

O homem teve um bonito dia de guerra santa contra os infieis, porque ainda se deu ao luxo de brincar com coisas mais serias: «O Hamas sem guerra estava a ser esquecido, tanto que os árabes não gostam deles, por isso precisou de um conflito para vir ao de cima e Israel é para ganhar as eleições», considera o cardeal, estranhando como é que os israelitas deram de «mão beijada» aos extremistas islâmicos aquilo de que necessitavam para sobreviver. Ou seja, o cardeal consegue extranhar que o exército israelita dé de mão beijada mais de 1000 mortos aos palestinianos, mais da metade dos quais, parece ser, civis (mas de 300 crianças, nas noticias de hoje, faziam parte deste números). Como pode ser tão generoso Israel? Deve ser para ganharem o seu proprio ceu. É engraçado que o cardeal possa considerar uma dávida esta quantidade de pessoas mortas. Ou não?

Noticias


A intenção é comentar diferentes noticias, geralmente de actualidade.

Não pretendo mais do que expressar a minha opinião, e agradeço que indiquem se a partilham, se não, os porquês... É mais engraçado conversar do que escrever sozinho, não acham?

Obrigado pelo vosso tempo.

1 de janeiro de 2009

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