Blog de Aureus

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2 de fevereiro de 2009

ERSE - Outra vez as empresas públicas

Recebi este texto, que passo a resumir um pouco:
Mais uma golpada - Jorge Viegas Vasconcelos despediu-se da ERSE
Era uma vez um senhor chamado Jorge Viegas Vasconcelos, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem, poucos devem saber para o que serve. 
Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores. Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregador, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios. 
Porém, com o senhor Vasconcelos não foi assim. Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês - ou seja, 2.400 contos - durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego. ... porque...
... «o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE». ... ...Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. ... 
...O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo....  
Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE? 
... após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de serviço. 
(??? Portanto??? Faz o quê???)
Bom, acho que é uma boa dica, dá que pensar. Não só pelo escândalo do ordenado, ou pelo escândalo do dinheiro que leva quando se despede, como por pensar que o dinheiro que este senhor usa e gasta é meu (e seu), dos impostos de todos os portugueses. E, ainda pior, não é, nem de longe, caso único (aliás, para estas situações o maior escândalo que conheço é o do banco de Portugal).
Mas não nos podemos queixar muito: estes casos sabem-se, são conhecidos (cada vez mais e mais depressa), e um dia sabe-se que um ministro contrata a nora para consultora de não sei o quê sem que tenha acabado o curso, o seu tio passa a ser conselheiro de administração de não sei qual empresa pública, quando antes era cozinheiro e até a casa era administrada pela sua Mariazinha... E sabemos isto tudo e não fazemos nada
E enquanto não comecemos, todos nós, a fazer realmente alguma coisa, a não permitir estes factos, não chegaremos longe como país.
Temos que mostrar indignação, dizê-lo alto e claro, e usa-lo nas votações. E esquecer, se queremos avançar alguma vez, que somos pequeninos, que não vou ser eu quem diga/faça, eu sozinho não vou a lado nenhum e depois eu é que me lixo, e asneiradas semelhantes que conseguiram e conseguem converter esta terra na terra prometida dos gandulos audazes, que fazem com que qualquer um que queira espezinhar o próximo, encontre logo meia dúzia disposta a ser espezinhada desde que não seja muito forte, porque, o que é de fazer eu, pobrezinho, tão pequenino...?
Podemos acabar com o espíritu com que nos habituaram durante muitos anos. Não de um dia para outro, mas aos poucos podemos. Desde que todos nós, cada um de nós, tente faze-lo sem esperar pelos outros, faze-lo por si mesmo, pela sua familia e pelo seu país. Podemos. 
Queremos?

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