Blog de Aureus

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20 de março de 2009

Vamos pôr as coisas preto no branco


Fora a piadinha do título, há de facto coisas que devem ser vistas com olhos de ver.

Para já, o racismo que quase que se pode dizer que é cultural, define como bom o que é branco, ou pelo menos melhor que o que é preto. Não só nas pessoas, até nas expressões habituais o branco é bom, puro, enquanto o preto é mau, ou difícil, ou desagradável.

Para contradizer estas expressões, tivemos recentemente claros exemplos de bom e mau, e de branco e preto, mas trocados. Senão vejamos:

- Barak Obama, ao surgir o escândalo dos prémios (165 milhões de dólares) que iam receber os gestores de uma grande empresa, a seguradora AIG, fortemente subsidiada pelo estado para não falir, escandalizou-se, disse que alguma coisa ia fazer, e, como não foi possível (por falta de tempo, e porque é uma empresa privada) impedir estes prémios, conseguiu finalmente que o congresso dos Estados Unidos aprovasse uma lei, segundo a qual os prémios recebidos por gestores de empresas em que o estado tenha tido que por dinheiro, vão ser gravados com uma nova taxa de imposto: 90%.

- Papa Bento XVI: Visita África, onde existe a maior quantidade de pessoas com SIDA, e não só diz que os preservativos não ajudam em nada, como que diz mesmo que agravam a luta contra a SIDA. O resultado esperável (até por gente próxima a igreja) é um genocídio, milhares de mortos dos que quase que se poderia pedir directamente explicações ao Ratzinger.

Em relação ao primeiro ponto as reacções obviamente vão fazer-se esperar. Aqui os gestores dasgrandes empresas têm ordenados chorudos, não deixam de receber bónus e regalias, independentemente de irem bem ou mal (ou à falência), e não acontece nada. E aqui é quase todo o mundo, não um país ou dois.

Em relação ao segundo, pelo menos, houve reacções um pouco por todo lado. Mas também houve quem apoiasse e apoia. Provavelmente porque não sofrem o problema na pele, e/ou têm dinheiro para o resolver as coisas de outras maneiras.

Neste mundo de doidos passa assim a branco o preto, e a preto o branco. E teremos de mudar alguns ditados e expressões. Percebe-se agora melhor uma frase que dizem que usava bastante o Obama antes das eleições: Não vote em branco! Eu faria o mesmo, como tantos americanos, se pudesse.

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